Curso "Elaboração de Projetos Culturais a partir de editais públicos".

Curso "Letramento Infantil: programa de leitura para bebês e crianças na biblioteca".

BiblioCamp São Paulo, realizado na Biblioteca Alceu Amoroso Lima em 05/10/2013.

Curso "Planejamento de Bibliotecas Digitais".

Curso "Pesquisa e Recuperação das Fontes de Informação Jurídica".

Curso "Documentação Jurídica e Financeira: da gestão à organização técnica".

V Semana de Biblioteconomia da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Ano de realização: 2010. Daniel Terrível, Patrícia Pimenta, Paloma Altran, José Antonio Moreiro González (Universidad Carlos III de Madrid), Beatriz Araújo, Amanda Franco e Ana Marysa.

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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Veja como foi o curso "Impactos de e-books em bibliotecas", com Liliana Giusti Serra, realizado em 19/10/2013

No dia 19 de outubro de 2013, promovi o curso “Impactos de e-books em bibliotecas”com a palestrante Liliana Giusti Serra, em Parceria fechada com a FESPSP. Segue um breve resumo!

Na introdução do curso Liliana relembrou a história do livro e das invenções tecnológicas que impactaram o percurso do livro e das bibliotecas. Falou da invenção da escrita passando pelo pergaminho, códice, invenção da prensa, tipos móveis e comunicação eletrônica, com o advento da internet.


Liliana falou sobre o conceito de livro para abordar a questão do livro eletrônico e chamou a atenção para o fato de um livro em formato pdf que seja a cópia fiel de um livro impresso, por exemplo, não ser, na verdade, um livro eletrônico (e-book). Um arquivo em pdf que seja a cópia fiel de um livro impresso é apenas um livro em um suporte digital, mas o livro em si continua sendo “analógico”, mesmo estando em pdf, porque este formato não utiliza os recursos (os hiperlinks e os conteúdos dinâmicos e interativos) que o formato digital pode oferecer. Há uma diferença entre o que é “nativo digital” do que é "transformado/convertido para o digital".
  
A palestrante explicou os conceitos de:

• Livro eletrônico/digital;
• E-textbook (didáticos);
• Livro expandido (enhanced books);
• Livro interativo.

Explicou sobre a necessidade de se ter um equipamento para leitura dos e-books:

• Computador / Notebook;
• E-reader (leitor digital);
• Tablet;
• Smartphone.

Falou sobre a leitura digital, que pode ser Vertical: Periódicos, PDF, Sem ou com poucos recursos, Retomada da leitura em rolo; ou Paginada: Simulação do formato códice, Familiaridade de navegação, Alguns aplicativos reproduzem som de folhear, Paginação complexa ou ausente.

Liliana mostrou os diversos modelos e explicou as diferenças entre e-reader, tablets, os formatos disponíveis para cada um deles e como deve ser feita a escolha, o que devemos considerar no momento de aquisição.

Vimos também as questões que envolvem os conteúdos para os e-books, suas relações com as bibliotecas (escolar – infantil/infanto-juvenil, acadêmica, pública) e seus tipos:

• Produção acadêmica / Institucional;
• Domínio público;
• Obras gratuitas;
• Obras de baixo custo (low cost);
• Open Access (acesso aberto);
• Conteúdo licenciado;
• Auto-publicação.

A palestrante explicou sobre os formatos (aberto ou proprietário) e sobre o DRM (Digital Rights Management), suas implicações e impactos em relação às bibliotecas e deu um panorama sobre as questões de direitos autorais no nosso país e no mundo.

Liliana falou sobre as diferenças entre editores, agregadores, distribuidores e fornecedores, quais modelos de negócios cada uma dessas categorias costuma utilizar, modo de assinatura/aquisição dos e-books e o que as bibliotecas precisam questionar e observar, principalmente nos contratos, para que a aquisição não seja equivocada ou ineficiente para a biblioteca.

Um ponto muito importante ressaltado pela palestrante foi o fato de ser imprescindível que a Biblioteca atrele ao seu catálogo (de preferência obtendo os metadados para inserção no OPAC) a lista de e-books adquiridos – seja a aquisição de forma perpétua ou por meio de assinatura. Ou seja, é preciso que estes produtos estejam totalmente ligados à biblioteca para que o usuário possa ter uma base de dados única para realizar sua pesquisa (não é viável ter uma base de dados/plataforma para pesquisa segmentada por empresa – em sites diferentes - pois a tendência é que a biblioteca tenha contratos com diversas empresas para montar seu catálogo), e também para que o usuário, desta forma, enxergue tudo o que está à disposição como sendo um produto da biblioteca.

Liliana comentou que antes dos e-books a gestão era “bibliográfica” e, agora, com os impactos causados o foco da gestão será outro: “o conteúdo”.
A adoção dos e-books impactará diretamente sobre o modo como a biblioteca realizará o seu desenvolvimento de coleções. Grande parte da obtenção dos e-books é e será feita por meio de assinaturas não perpétuas. Ou seja, a biblioteca pagará por um determinado tempo, por uma determinada obra e não terá garantias de que esta obra passará a pertencer ao acervo de maneira perpétua. Podemos nos deparar com casos em que o autor muda de editora e um livro importante para o nosso acervo pode, de repente, passar a não ser mais parte da coleção assinada. Podemos, simplesmente, sofrer um corte de verbas que nos impeça de renovar a assinatura de obras bem utilizadas em nosso acervo etc.

As bibliotecas precisam ficar atentas a esses casos, assim como a casos semelhantes, por exemplo, de fornecedores que mudam os contratos com os editores (a biblioteca será avisada? O fornecedor ou distribuidor conseguirá incluir no contrato a nova editora do autor que precisa?), ou com o pagamento para acesso perpétuo ou não de plataformas (em casos de formatos proprietários) para não perder o acesso à materiais adquiridos de forma perpétua, mas cujo contrato diz que para ter acesso à obra é preciso ser assinante ativo da plataforma...

Para ajudar em todas essas questões, Liliana abordou quais os critérios que as bibliotecas devem levar em consideração para a escolha de fornecedores, escolha de conteúdos, especificações técnicas, funcionalidades e de modelos de negócios para a aquisição deste tipo de material. Foi um curso muito esclarecedor, produtivo e ficou claro que as bibliotecas precisam se posicionar e estabelecer um bom diálogo com as empresas para que possam ser ouvidas e atendidas de forma mais apropriada. As bibliotecas devem se posicionar de modo que possam passar a ditar as regras do negócio, como consumidoras, e não agir de forma passiva, aceitando de maneira imposta as condições que as empresas querem passar (e que muitas vezes não são as mais adequadas para nós, bibliotecas). Foi um curso muito bacana!
 
A palestrante Liliana e Marcia Helena, ganhadora do livro sorteado

Marcia Helena foi a ganhadora do livro sorteado entre os participantes, cortesia da "livrosdebiblio"!

Confira as fotos no álbum do facebook!


Agradeço à Liliana Giusti Serra, por ter aceitado meu convite para ministrar este curso, a todos os participantes, ao Akira Takiy, por toda ajuda e apoio, à FESPSP pela parceria e a todos que ajudaram na divulgação deste curso, obrigada!




terça-feira, 1 de outubro de 2013

Veja como foi o curso o curso "Letramento Infantil", com Nádia Hommerding, em 18/09/2013


Curso "Letramento Infantil", com Nádia Hommerding
 
 
No dia 28 de setembro de 2013, realizei o curso “Letramento Infantil: como montar um programa para desenvolvimento de competências de leitura em Bebês e Crianças na Biblioteca, com a palestrante Nádia Hommerding, em Parceria fechada com a FESPSP.
 





Inúmeros estudos têm demonstrado que as crianças que consistentemente são expostas a uma variedade de estórias e experiências tornam-se melhores leitores, ouvintes, expandem seus vocabulários e desenvolvem maior capacidade de compreensão de textos, além de melhor habilidade para verbalização de pensamentos e opiniões do que aqueles que não foram expostos a tais experiências. Diante dessa constatação, pesquisadores definiram 6 habilidades/aptidões para aprender a ler, são elas:


1. MOTIVAÇÃO AOS MATERIAIS IMPRESSOS (Print Motivation)

2.CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA (Phonological Awareness)

3.VOCABULÁRIO (Vocabulary)

4.HABILIDADE NARRATIVA (Narrative Skills)

5.NOÇÃO/CONSCIÊNCIA DE MATERIAIS IMPRESSOS (Print Awareness)

6.CONHECIMENTO DAS LETRAS (Letter Knowledge)


O Letramento Infantil é: o que as crianças aprendem e sabem sobre ler e escrever antes que saibam de fato ler e escrever.
 
  
O objetivo do curso foi informar aos bibliotecários, professores, pais e tutores de bebês e crianças (de 0 meses a 5 anos) a importância da interação com livros, do ato de ler em voz alta e das consequências positivas no desenvolvimento futuro da criança, além de buscar divertir a criança ou bebê e despertar o sentimento de carinho e interesse na leitura e nos livros, e como podemos realizar as ações/atividades para promover o Letramento Infantil, seja nas Bibliotecas, Escolas ou em casa, com os filhos/sobrinhos/netos.

O público-alvo de um programa de Letramento na Biblioteca ou Escola, ao contrário do que muitos imaginam, não são somente os bebês e crianças, mas sim os adultos (pais, mães, cuidadores, tios, avós). Os adultos são um público em potencial para a Biblioteca, devemos aproveitar o momento em que eles estão na Biblioteca com filhos para agir e proporcionar experiências de forma a fazer com que os pais, crianças e tutores percebam a importância das crianças com os livros, pois isso cria um laço afetivo que beneficiará o aprendizado. E, cativando os pais, a tendência é que se cria, então, em toda a família, o gosto pelos livros, biblioteca, incentivando, assim, a apropriação efetiva desse espaço público pelos cidadãos.

Nádia chamou a atenção para a diferença entre “possuir um mobiliário” para crianças e bebês na Biblioteca e “possuir metodologia de ensino/trabalho”. Ter um mobiliário não garante uma efetiva relação entre a biblioteca e os bebês e crianças de modo a ajudá-los em seu desenvolvimento. É imprescindível que a instituição possua uma metodologia de ensino/trabalho, que envolve estudos sobre o Letramento Infantil, para que de fato esse trabalho se consolide.

Além disso, o programa de Letramento Infantil é diferente do programa de Contação de histórias. O foco do Letramento é trabalhar o desenvolvimento das 6 habilidades acima citadas. As ações focam esse objetivo.

Foi um sábado muito produtivo e gostoso. A palestrante Nádia mostrou na prática como montar um programa de Letramento, quais e como podem ser desenvolvidas as atividades no programa.

Foi uma junção de informação com descontração e o sábado passou voando.

Agamenon foi o ganhador do livro sorteado entre os participantes, cortesia da "livrosdebiblio".
 
Confira as fotos no álbum do facebook!

Agradeço à Roseli Miranda, pela indicação da palestrante, à Nádia Hommerding, por ter aceitado meu convite para ministrar este curso, a todos os participantes, ao Akira Takiy, por toda ajuda e apoio, à FESPSP pela parceria e a todos que ajudaram na divulgação deste curso, obrigada!